O Hospital Amparo de Maria, realizou na manhã desta terça-feira, 22, no auditório da unidade, uma roda de conversa com os colaboradores em alusão ao agosto Lilás, mês dedicado ao combate a violência contra a mulher.
A coordenadora Municipal de Políticas para a Mulher e conselheira Municipal dos Direitos da Mulher, Guadalupe Batista, explica que foi realizada uma roda de conversa, quando foram abordados temas relacionados à violência contra a mulher, como identificar possíveis mulheres que estejam passando por situação de risco e como proceder nesses casos.
De acordo com o diretor-geral do HAM, Max Carvalho, foi abordado um tema de relevância pública, com números crescentes. "Nossa missão, como o nosso próprio nome carrega é 'Amparo'. "Temos obrigação de amparar as pessoas. Observamos números crescentes nos casos de violência contra mulher. O Amparo não pode estar distante dessa realidade. A intenção é que aconteçam de forma frequente, essas discussões com a
equipe, bem como s qualificação dessa equipe, para conseguir ouvir as pacientes, identificando eventuais casos que possam relatar as autoridades com intuito de colaborar, para a redução da violência", pontua Max Carvalho. Ele ressalta ainda, que esse é um mal que acaba ocorrendo no país de forma geral "Precisamos atuar com bastante rigor", deixa claro o diretor do hospital.
Diálogo — A coordenadora do CREAM, Guadalupe Batista, informou que é de extrema importância manter o diálogo com os agentes da saúde, porque são eles quem recebem a mulher em situação de violência. "Muitas vezes, recebem vitimas de violência sexual, ou de depressão, que chegam no hospital, fragilizadas. "O hospital é porta aberta para receber a mulher vítima de violência e encaminhar para rede. É necessário que os agentes de saúde estejam
preparados para identificar essa mulher e agirem de forma humanizada. A violência doméstica é problema de todos nós, problemas de saúde pública", alerta a coordenadora.
Maria da Penha
Guadalupe explica que o agosto Lilás é um movimento nacional, mês de conscientização pelo fim da violência contra mulher. E lembrou que a Lei Maria da Penha está completando 17 anos. "A lei Maria da Penha, protege mulheres em situação de violência e salva vidas. A lei n° 11.340/2006, pune os agressores e fortalece a autonomia das mulheres.
O Brasil é o quinto país que mais mata pessoas", lamenta.
A assessora jurídica do HAM, Thatiana Ferreira, ressalta que Guadalupe Batista trouxe para a roda de conversa informações de fundamental importância. Distribuiu cartilhas e o Violentômetro, onde as pessoas podem identificar os mais diversos tipos de violência.
"Toda forma de agressão seja verbal, por uso da força ou qualquer outro meio é violência explícita contra a mulher. A violência sexual é a pior de todas, por ser um ato que obriga a indivíduo a manter contato físico, verbal ou a participar de outras relações sexuais pelo uso da força, intimidação, chantagem, manipulação, ameaça, do suborno e entre outros mecanismos que limitam a vontade pessoal", esclarece Tatiana.
Tipos de violência
Física — Quando o agressor bate na mulher, deixando marcas, hematomas, cortes, arranhões, manchas, fraturas ou ainda impede de sair de casa.
Moral — Entendida como qualquer conduta que configure calúnia, injúria ou difamação.
Psicológica- Quando insinua a existência de amantes, ofende a mulher ou seus familiares com frequência, desrespeita o seu trabalho, critica sua atuação como mãe. Fala mal do seu corpo, como também não deixa se maquiar, cortar o cabelo e usar a roupa que gosta.
Sexual — Quando força relações sexuais com a parceira, obrigando-a a praticar atos sexuais que não lhe agradam, critica seu desempenho sexual e prática sexo com sadismo.
Denuncie
180 — Central de Atendimento a Mulher
181 — Disque Denúncia Polícia Civil
190 — CIOSP Polícia Militar de Sergipe
AJUDA
Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (MNSL) — (79) 3225 – 8679
Delegacia Especial de Atendimento a Mulher de Aracaju (79) 3205 – 9400
Delegacia Especial de Grupos Vulneráveis de Lagarto (79) 3631–3150
Delegacia Especial de Grupos Vulneráveis de Itabaiana (79) 3431–8513
Delegacia Especial de Grupos Vulneráveis de Nossa Senhora de Socorro (79) 3256–4001
Delegacia Especial de Grupos Vulneráveis de Estância (79) 3522–0277
NUDEM Defensoria Pública do Estado de Sergipe (79) 3205–3726